quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Notas soltas sobre a chegada até San Pedro de Atacama

E finalmente o dia chegou. Acordei as 5 da manha para pegar o Airport Service, cujo preço é de BRL 35,00. Uma pechincha de se imaginarmos e um taxi Itaim-Cumbica nao sai por menos de BRL 100,00.

Cheguei no aeroporto e atendi à recomendação do grande Tito Mastroianni de "plastificar" a mochila que carregava. Passei no quiosque da TrueStar (olha o merchan), paguei BRL 30,00 e em 5 minutos minha super mochila havia virado um casulo. Nunca tinha feito isso, pois sempre viajei com malas comuns com cadeado. Mochilas deixam muito a desejar no item segurança, o que me obrigou a carregar minha bagagem de mão com tudo de valor que trouxe para cá. Ela chegou inteira e "virgem" à Santiago e também em Calama. Aparentemente funcionou bem o esquema.

O check-in foi outra experiência bem interessante. Como o vôo é LAN, embora a passagem seja da Tam, notei uma diferença brutal de cultura das duas empresas. O atendimento é completamente diferente, apesar do produto ser o mesmo. Como ponto negativo desta primeira perna, tive de pegar a mala no aeroporto de Santiago e despachá-lá novamente para Calama, embora ela já estivesse devidamente etiquetada. Enfim, frescura minha. No geral estou satisfeito com o serviço, sem falar na sorte de viajar sem ninguém ao meu lado nos dois vôos que peguei, o que garantiu ótimas sonecas e bastante conforto.

O aeroporto de Santiago é melhor e mais aconchegante do que o de Bagulhos, digo, Guarulhos. Pelo menos é mais moderno. O tempo na chegada estava meio melancólico. Um friozinho e uma garoa paulistana me acompanharam durante as duas horas que aguardei o vôo para Calama. Aproveitei par comer algo e tomar um cafezinho.

Algo e me causa bastante curiosidade é o comportamento dos chilenos e, para ser franco, ainda não tenho opinião formada sobre eles. Me chama atenção que possuem estatura mediana e são bastante formais nos contatos. Me parecem bem menos receptivos que os brasileiros mas, no geral, são muito educados. Já as mulheres também são bem peculiares. Estão longe da sensualidade das brasileiras e a maioria possui aquela rosto redondeado típico dos povos andinos. Uma ou outra chama a atenção. À primeira vista elas me parecem bem vaidosas. Ventem-se bem, usam maquiagens e acessórios, mas também são diferentes neste sentido. As brasileiras, por vezes exageram nas maquiagens. Já as chilenas são mais discretas. Talvez seja reflexo do "Low profile" dos locais.

Me colocando no lugar deles, fico imaginando que imagem eu devo passar. Embora caucasiano, estou longe de ser um "típico" brasileiro e meu castelhano tem momentos de fluência com outros absolutamente medíocres. Tudo isso graças à minha preguiça em ler e ouvir a língua. Embora conheça relativamente bem a estrutura da língua, raramente termino uma frase, pois não tenho vocabulário. Assim, algumas estruturas ficam bem curiosas. Hoje soltei um "despachar la equipaje" no balcão da LAN. Achei um horror absoluto, principalmente depois de ver a cara da Comissária que deve ter pensado "ele até que começou bem", ou, "de onde vem essa figura??"


Um comentário:

Unknown disse...

Uma dica: EL equipAJE... Todas as palavras terminadas em AJE são masculinas...