sábado, 22 de dezembro de 2012

Atacama: histórias do primeiro dia

Decidi me hospedar no Hostal Campo Base através da dica da Rosana Lisauskas, que veio ao Atacama em meados do ano e se hospedou lá. Gostei muito da recepção. O staff (ou parte dele) é atencioso, os quartos limpos e o café da manha, bom. Estou em um quarto compartilhado, mas até aqui não apareceu ninguém para dividi-lo comigo. O custo da brincadeira: USD 75,00 por noite.

No primeiro dia acordei sem plano definido. Estava disposto a me organizar para os passeios pois, por recomendação, não reservei nada no Brasil. Mas foi o tempo do café da manhã rolar e eu já descolei a primeira saída. Uma simpática brasileira hospedada do Hostel, a Roberta, perguntou se eu gostaria de ir a um passeio a um tal Valle del Arco Íris. Topei imediatamente.

Partimos nós dois e uma família de alemãs hospedadas em um Hostel próximo, mais uma guia boliviana, a Grace, e o motorista chileno, Natividad. Andamos uns 20 minutos e o micro ônibus quebrou no meio da estrada. Pronto, eis a primeira lenda do Atacama. Embora quebrar o carro no meio do deserto não pareça ser uma coisa bacana, foi legal conhecer as alemãs ( era uma mãe e duas filhas) e também o Natividad, o nosso motorista que trabalhou por muito tempo como motorista de uma grande mineradora local, a CODELCO.

Natividad transportava cobre das minas da região para o Porto de Antofagasta e, entre contar de que soube da norte de Kennedy um ano após o ocorrido, pois morava no Atacama, e de como tornou-se motorista da CODELCO, filosofou: " És mucho mas facil transportar el cobre que la gente". E eu concordei plenamente com ele.

Depois um papo sobre diferenças culturais com as alemãs e pé na estrada. Em cerca de uma hora estávamos no Valle del Arco Íris, que possuí este nome pois suas montanhas têm minerais diferentes em suas composições elas possuem cores diferentes.

A boa noticia foi que cheguei aos 3.000 de altitude sem grandes solavancos. Na verdade se não observasse o altímetro do relógio, sequer saberia que estava já nas alturas e a má é que, por ter saídos às pressas, esqueci TUDO no Hostel. A saber: água, protetor solar, creme hidratante, etc. Pode parecer frescura mas não é. Quase virei um rosbife depois de exposto a 3 horas do sol do deserto, portanto fica a dica para quem vai encarar o Atacama.

Para mim o passeio foi uma ótima introdução ao Atacama, embora na perspectiva de hoje, não pagasse para fazê-lo. Valeu mais pelo entrosamento e a historias do que propriamente pelo Valle.












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