terça-feira, 13 de novembro de 2012

Atacama: La Preparación I


No princípio, havia uma passagem aérea.
Pois bem, me divorciei há um mês e entre os passivos da relação havia uma passagem aérea São Paulo – Santiago – São Paulo comprada por minha ex-mulher para assistirmos as duas noites do Lollapalooza em Santiago, no mês de abril do ano que vem.

No entanto, embora o preço fosse de ocasião (aproximadamente R$500,00 por bilhete), o escopo e o objetivo da viagem não me agradavam muito. Primeiro porque ia ser uma correria desgraçada (3 dias em Santiago e das 72 horas gastaria 12 em aeroportos ou voando ) e segundo é que para festival de música eu vou protocolarmente. Já fui a shows muito bons, mas não sou nenhum groupie. Iria por ela e seria uma boa viagem, mas eu se tivesse opção faria diferente.

No meio, havia uma folga na empresa e alguém a fim de desbravar novas paisagens.
Neste ínterim, fui informado que a empresa onde eu trabalho irá dar folgas na semana de Natal ou Ano Novo para seus funcionários. Ou seja, havia uma passagem “mico” e 10 dias de folga a serem devidamente desfrutados. Parecia sopa no mel, não?

Então, peguei o número do E-ticket, arranquei com o Mini Panzer (meu carro) da garagem e fui até Congonhas trocar o bilhete. Saí de casa sem um destino em mente. Decidi pensar no caminho. Tinha como referência o Chile, que é um lugar bacana.  Já conheço Santiago desci até a Punta Arenas, na Patagônia, passeio que não repetiria. Sobrou o Norte. Humm, o Norte. Entonces...

Entonces me lembrei de um projeto que tinha detalhado um pouco mas nunca executado. Ir de  carro de São Paulo ao Atacama. Este projeto me remete à memórias antigas, do tempo de USP, quando uma colega do laboratório em que eu estagiava foi e voltou encantada. Ela contou que dormiu sob as estrelas e que o passeio era tão simples (ver paisagens) quanto estimulara seu autoconhecimento, além de ter um impacto visual absurdo.



O fato é que senti que era a hora de tirar mais este sonho do papel.

Entreguei no saguão de Congonhas com a cabeça feita e a aquela loja específica da Tam me traz ótimas recordações. “É para o Atacama que eu vou!”, repeti como um Mantra. Cheguei la e fui muito bem atendimento pelo agente, que me informou os preços, condições e melhores datas. Eu prefiro ser atendido pessoalmente ao invés de duelar com o site da Tam, que é, para ser educado, uma porcaria.

No fim...
Contratei um trecho São Paulo-Santiago-Calama ida e volta com um voo operado pela LAN. Nada contra. Voei com eles para a Patagônia. Frota jovem, a maioria é Airbus, como a Tam,  serviço de bordo e outras comodidades normais. É aquela típica Cia aérea em que as aeromoças são educadas, o avião levanta voo, chacoalha um pouco e depois de algumas horas, pousa. Ou seja,  não é a Alitália nem a Ibéria.

Apenas restaram algumas dúvidas quanto ao uso do Fidelidade Tam em voos LAN. Como trabalhei como consultor durante um ano fora de São Paulo, me tornei usuário frequente da Tam e obtive um cartão Fidelidade Vermelho. Para quem não sabe, além dos tags, o Fidelidade dá um bônus extra de milhas, vantagens no check-in e no desembarque da bagagem. Para mim, um check-in sem filas seria bacana e quanto às  outras coisas,  passariam totalmente batidas. Vaidade aeroportuária não é bem a minha praia.


Paguei no total R$1.400,00 pelos bilhetes. Não sei se é um bom preço. Não que eu rasgue dinheiro mas, para ser franco, nem me preocupei muito com isso. Para mim preço de passagem aérea parcela-se e ponto. Já está no orçamento mensal uma “cota” separada para este fim.

E assim começa mais uma jornada. Os próximos posts serão sobre as pesquisas e formatação do roteiro. :)

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